De acordo com os resultados de um estudo realizado por pesquisadores da Johns Hopkins e do National Institute on Aging a lista de descobertas das consequências em relação à saúde associadas à perda auditiva, não para de crescer. Podemos incluir o aumento do risco de demência, quedas, hospitalizações e diminuição da saúde física e mental em geral.
Como parte do Estudo Longitudinal de Envelhecimento de Baltimore, 126 participantes passaram por ressonância magnética anual (MRI) para rastrear mudanças cerebrais por até 10 anos. Cada um também fez exames físicos completos na época da primeira ressonância magnética em 1994, incluindo testes de audição. No início, 75 tinham audição normal e 51 tinham audição prejudicada, com perda de pelo menos 25 decibéis.
Depois de analisar suas ressonâncias magnéticas nos anos seguintes, os pesquisadores, dizem que os participantes cuja audição já estava prejudicada no início do estudo tinham taxas aceleradas de atrofia cerebral em comparação com aqueles com audição normal.
Aqueles com deficiência auditiva também apresentaram encolhimento significativamente maior em regiões específicas, incluindo estruturas cerebrais responsáveis pelo processamento do som e da fala.
A questão é que estas estruturas responsáveis pelo processamento do som e da fala também desempenham papéis na memória e na integração sensorial e mostraram estar envolvidos nos estágios iniciais de comprometimento cognitivo leve e Alzheimer.
Portanto, este estudo demonstra que a perda auditiva é um duro golpe no funcionamento cerebral, principalmente nas estruturas ligadas à memória! Se você acha que apenas não entende o que os outros falam, que eles que deveriam falar mais alto e de frente, está se enganando!
O problema é que o estudo sugere iniciar o tratamento da perda auditiva o mais cedo possível, antes que as diferenças que eles enxergaram na ressonância magnética aconteçam! Só que este momento é aquele que a pessoa possui uma perda auditiva leve, e só não entende em ambientes mais barulhentos, quando as pessoas falam mais baixo ou em alguns programas na televisão! Adivinha se a pessoa quer colocar aparelho auditivo? Muitos dizem que vão esperar piorar para procurar ajuda! Quando chegam, estas mudanças já ocorreram. E cansamos de ver os pacientes desenvolvendo vários tipos de demência.
O tratamento precoce da perda auditiva ajuda a manter a independência do idoso, além de deixá-lo conectado ao mundo, facilitando o funcionamento cerebral e corporal.
Venha fazer uma avaliação auditiva, a OMS em 2020 preconizou a inclusão da saúde auditiva no Check Up anual do idoso.
Referência: https://www.hopkinsmedicine.org/news/media/releases/hearing_loss_linked_to_accelerated_brain_tissue_loss
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