Aos 50 anos, cerca de um a cada dez adultos experimentará alguma perda auditiva. Isso acontece tão devagar e gradualmente que muitos não percebem. Mesmo quando a situação piora, muitas pessoas entram em um estado de negação. Quando alguém finalmente se convence de que tem um problema de audição (demora em torno de sete anos), o problema de memória relacionada à idade já pode ter se instalado.
O uso de aparelhos auditivos pode retardar a velocidade de progressão do declínio cognitivo em até 75%, de acordo com um novo estudo publicado na revista científica Journal of the American Geriatrics Society. Eles acompanharam o progresso de 2.040 indivíduos entre 1996 e 2014, solicitando que concluíssem os testes de memória de palavras em vários estágios e monitorando a taxa de declínio antes e depois de obter aparelhos auditivos. “Descobrimos que a taxa de declínio cognitivo diminuiu em 75% após a adoção de aparelhos auditivos”, explicou Asri Maharani, pesquisador da Universidade de Manchester, no Reino Unido. “É um resultado surpreendente”.
A equipe de pesquisa descobriu que, embora os aparelhos não parem ou revertam o declínio cognitivo, eles o desaceleraram em três quartos. Enquanto isso, em um grupo separado de 2.068 pessoas que foram submetidas à cirurgia de catarata, o declínio diminuiu em cerca de 50%.
A equipe da Universidade de Manchester disse que a força da associação entre aparelhos auditivos, cirurgia de catarata e deterioração mental significa que devemos considerar a triagem auditiva e de perda de visão para todos os adultos acima de 60 anos.
Esses estudos sublinham o quão importante é superar as barreiras que impedem as pessoas de acessar aparelhos auditivos e visuais.
Um dos autores do estudo diz: “Não está realmente certo porque os problemas auditivos e visuais têm um impacto sobre o declínio cognitivo, mas eu acho que o isolamento, o estigma e a resultante falta de atividade física relacionada aos problemas de audição e visão, podem estar relacionados com isso”.
Existem barreiras a ser superadas – muitas pessoas não querem usar aparelhos auditivos por causa do estigma associado a usá-los, ou sentem que a amplificação não é boa o suficiente ou não são confortáveis. Os novos aparelhos auditivos não servem mais só para ouvir, assim como os telefones já não servem mais só para ligar. A nova geração veio para revolucionar e reconectar as pessoas.
Aparelhos auditivos que avisam que você caiu e onde está, que traduzem para 27 línguas diferentes, que usam a inteligência artificial para ajudar a entender melhor no ruído, contam batimentos cardíacos e monitoram a saúde física e cerebral. Estamos vivenciando a revolução auditiva e acredito que a barreira que as pessoas possuem em relação ao uso deles vai cair.
Existem projeções em países europeus de que a perda auditiva aumentará em 40% até 2035, em meio a uma população que envelhece rapidamente. Precisamos atualizar nossas políticas de saúde para idosos. É muito comum existirem mais investimentos para solução de problemas visuais do que para perda auditiva.
Segundo Helen Keller, professora surda e cega: “a cegueira me afasta das coisas e a surdez me afasta das pessoas.”
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